Composição está arriscada a esbarrar no fato de que Marina Silva também pediu impeachment, como o PSB
Por: Blog da Folha
A tese de uma chapa encabeçada pela vereadora Marília Arraes e com chances de ter o ex-prefeito Júlio Lóssio concorrendo ao Senado ao lado do deputado federal Silvio Costa anda em ebulição nos bastidores da oposição. Diante das movimentações em torno desse plano, o ex-gestor de Petrolina não "arrodeia" e, à coluna, assinala: "Seria um prazer tê-la (Marília) como companheira de chapa". Pessoas próximas ao deputado Silvio Costa também não descartam essa composição. A lógica, no entanto, estaria arriscada a esbarrar no discurso adotado pela petista de que uma aliança com o PSB seria inviável, entre outras coisas, porque o partido votou a favor do impeachment. A ala do PT que defende a candidatura de Marília tem lembrado que o PSB teve papel determinante no que tratam como "golpe" e realçam que o governador Paulo Câmara chegou a liberar secretários para votarem a favor do impeachment. O argumento pode colidir com o fato de que a Rede, partido no qual Lóssio está filiado hoje, é o mesmo de Marina Silva. A presidenciável defendeu que seu partido votasse a favor do impeachment e chegou a pedir urgência ao TSE para que a chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer fosse cassada. Petistas já observam que Marina não se manifesta contra a prisão de Lula, chegando a atribuir a condenação a "erros" do ex-presidente. Lóssio, que antes era filiado ao MDB, tinha livre trânsito junto a Temer. O argumento pode servir à ala do PT que é favorável a uma aliança com o PSB. Nesse contexto, Lóssio observa que "política é construcão". E adverte: Estamos vivendo um momento que precisamos construir convergências".
O PT anda rachado sobre a hipótese de ter candidatura própria no Estado e a saída do ex-prefeito João Paulo da sigla reforçou a divisão interna. No palanque da oposição, mesmo entre os ex-ministros de Temer, a exemplo do deputado federal Mendonça Filho, há uma expectativa em torno da candidatura de Marília, à qual é atribuída um peso capaz de interferir na arrumação do palanque da oposição, que aguarda um desfecho no PT.
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